If looks could kill

Recebi hoje de manhã, disseram que lembra eu 🙂

If Looks Could Kill – Heart

Caught you in the act – can’t put up with that
Messing where you shouldn’t be
I wanna hear you say you’re sorry
Cause nobody takes advantage of me

You’re missing the mark – shooting in the dark
I’m pulling the wool from my eyes
Baby don’t you push me further
It’s gonna hurt you if it happens twice

If looks could kill
You’d be lying on the floor
You’d be begging me please please
Baby don’t hurt me no more
If looks could kill
You’d be reeling from the pain
And you’d never lie again
If looks could kill

You’re living on the edge – hanging by a thread
I’m watching every move you make
You don’t want to see my anger
So don’t you make another mistake

Love is on the line – I ain’t about to be kind
That’s a promise and a threat
If I was you I’d really cool it
Or risk a night you’ll never forget

If looks could kill
You’d be lying on the floor
You’d be begging me please please
Darlin don’t hurt me no more
If looks could kill
You’d be reeling from the pain
And you’d never lie again
If looks could kill

I was a fool to believe in you
A sucker for every line
I’m a little less blind
Than I was before
I can see right through your design

You’d be begging me please please
Darlin don’t hurt me no more
If looks could kill
You’d be reeling from the pain
And you’d never lie again
If looks could kill

You’d be begging me please please
Darlin don’t hurt me no more
If looks could kill
You’d be reeling from the pain
Ynd you’d never lie again
If looks could kill
If looks could kill

Semana que vem começo a aula de canto, já fiz matrícula e tudo. Acho que vou ver como me saio nesta também 😀

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Albergue da tia Toska

Ou “O dia que meu apto virou um QG debiânico”.
Sexta feira rumei pra Ourinhos, para o ESLI – Encontro de Software Livre – para fazer palestras. Vieram buscar eu e o Cesar Brod de carro, e após alguns desencontros e atrasos, rumamos pra lá. Foi uma viagem super legal, fomos conversando até lá, fazia muito tempo que não o encontrava muito menos que conversava com ele, os outros encontros foram super de passagem. Então cheguei lá 2 e meia da manhã, no “Big Brother Ourinhos”, onde o Piter e uma galera acordada nos esperava. Ficamos conversando, enquanto ouviàmos a sinfonia de roncos no andar superior da casa que alugaram para hospedar os palestrantes. Eu adorei a idéia, no evento de Salvador tinha rolado um boato de que haveria uma casa para isto e imediatamente todo mundo começou a torcer pelo “big brother”, mas não teve, mas lá em Ourinhos estavam todos espalhados por camas em 3 quartos grandões, e depois de alguma conversa fui dormir pq uma das minhas palestras era no primeiro horário. Acordei cedo, tomei banho e fui tomar café, uma mesa de café da manhã sem deixar nada a desejar para qq hotel, alem obviamente da divertida confraternização. Depois rumamos pro evento, e comecei a palestra “Software livre é coisa pra macho?” no horário previsto, com poucas pessoas mas que depois foram chegando e lotando a sala… de mulheres! Haviam cerca de 20 mulheres e apenas 3 homens, foi a primeira vez que dei palestras para mais mulheres do que homens, e fiquei muito feliz, elas foram muito receptivas. Depois do almoço, fiz a palestra das distros, e depois de conversas com o Kov modifiquei algumas coisas sobre o Debian, como falar quais as propostas do atual líder de projeto para diminuir o tempo entre as releases e outros. Assisti também as palestras do Piter, sempre divertidas, mas logo fui para a rodoviária onde voltei pra São Paulo em compania do Brod denovo, obviamente conversando bastante.
Bom, enquanto isto, meu apto se tornava um QG debiânico sem a minha supervisão. Melissa, Laís, Priscilla e Kov vieram para a oficina Debian e ficaram lá em casa. Eu quero fazer um mural com fotos e bilhetes que eu recebo e que vou começar a pedir das pessoas que ficam hospedadas aqui em casa, que está se tornando quase um ponto turístico de nerds e amigos em trânsito pelo país. Quem já passou por aqui: Melissa(Brasília), Fabiana(Porto Alegre), Priscilla(BH), muita gente da Soolis(Porto), Piter e Marina(São Carlos), Fábio e Renata(RJ), fora os alcoolizados acolhidos depois de alguma balada. Eu inclusive tenho dois sofas-camas que na verdade são almofadas grandonas costuradas(sofa-cama mesmo são muito desconfortáveis), que se dobradas viram um sofá e esticadas viram camas, que eu comprei especialmente para meus hóspedes, primariamente para o Geek e a Cy, mas que acabam sendo usados por muita gente.
Bom, voltando ao fim de semana, eu temi que minhas paredes estivessem cobertas por espirais vermelhas ou que a Minimoe virasse debiânica, mas felizmente tudo estava em ordem. Ainda ganhei uma lata de doce de leite de Visoça, uma cachaça Noronha e uma Domina Suave, esta última rosa, muito fofa e segundo eles meio fraquinha(só pra eles mesmo). Cheguei em casa 11 e pouco, vooei a tomar banho e me arrumar, e fomos para a Indie Records onde o DJ Maçan era o hostess da noite, com participação especial do Cristian e Decko. Foi divertidíssimo, foram poucas pessoas mas isto deixou muito espaço pra dançar, e estavam lá apenas a nossa galera. Ficamos até o fim e ainda tinhamos pique pra mais, mas, fazer o que, cabô. Então todos rumamos para o Black Dog onde a fila dava voltas, sugeri que então saíssemos do frio e fossemos pra casa, onde pediríamos alguma coisa. E assim fizemos, porém nada é entregue àquela hora da manhã. Então eu, Kov, Fatalerror e Maçan fomos ao Habbibs mais proximo buscar muitas esfirras, kibes e beirutes para alimentar a tropa. Fomos a bordo do Ralf com um Maçan “levemente alcoolizado” que decidiu que o retorno na av Liberdade era muito longe, cortando caminho pelo canteiro central e declarando “eu não comprei um carro, comprei um tanque de guerra”. Acho que podemos criar uma comunidade irmã à “eu já peguei carona com a Lulyis”. Depois do rango, um a um foram apagando ou indo embora, e eu não vi muita gente saindo.
Foi divertidíssimo e eu gosto pacas de receber meus amigos e ter estas festas. Eu preciso ou comprar um guestbook ou montar logo o painel, vou na 25 semana que vem ver se encontro um do jeito que eu quero porque nas papelarias ele é caríssimo, aqueles grandões de metal, adoro um prateado com estrelas. Porque quero registrar a passagem dos meus amigos, que sempre resultam em muita festa, risada e fotos. As deste final de semana estão aqui, e até a próxima!

I love Rock and Roll

Bom, agora que eu já gastei bem mais do que esperava no microfone, deve ser meio oficial. Continuando o projeto “There is life beyond the blue cable”, entrei pra uma banda. Metade do trabalho, onde o Victor chamou eu e a Patrícia pra cantar, mas como ela já faz aula de canto e eu mooooooorro de vergonha de cantar, fiquei de backing vocal. O que é muito chato, a participação é muito pequena e no primeiro dia foi divertido, mas no segundo já me deixou entediada. Eu, logo eu, ficar sem fazer nada, não estava dando certo. Então ensaiei a música desta semana e me esgoelei, muito massa. Estou vendo escolas pra fazer aula, antes que me estrague, pq é muito massa, e minhas sugestões são sempre facílimas: Sweet Child O’mine(versão Sheryl Crow), You Could be Mine, Angel in the Morning. Ah, obvio, Ramones, I don’t care que é facil, whatever, tem que ser por gosto, senão não vale a pena. Rock Roll All Nite, Breaking All the Rules e Love Ain’t no Stranger já estão até saindo bem, no primeiro dia fizemos uma mini gravação e o melhor elogio foi um cara do trabalho ver e dizer “nossa, e é a primeira vez que vcs ensaiaram? muito legal”.
A banda não tem nome, muitas coisas já foram propostas, desde “Abomináveis Metaleiros Furiosos do Inferno” a “Toskofonia”(juro que não fui eu). Mas até agora nenhum acordo. Mas a primeira medida é convencer o Victor a ouvir alguma coisa que tenha sido lançada depois de 1975.
Mas de ontem foi legal, é legal ver o som melhorando. E a desta semana foi (pausa para ir correndo pra casa*) muito massa, cantei junto com a Paty e a música era empolgante, ficou legal. O problema é que eu achei a versão da Britney Spears muito engraçada, ela fazendo mil e uma vozinhas sexies, e daí eu me atrapalhava no tom… não façam isto crianças! Quando forem treinar ouçam só uma versão! Só falta agora eu entrar na aula de canto 😀

I saw him dancin’ there by the record machine
I knew he must a been about seventeen
The beat was goin’ strong
Playin’ my favorite song
An’ I could tell it wouldn’t be long
Till he was with me, yeah me, singin’

I love rock n’ roll
So put another dime in the jukebox, baby
I love rock n’ roll
So come an’ take your time an’ dance with me

He smiled so I got up and’ asked for his name
That don’t matter, he said,
‘Cause it’s all the same

Said can I take you home where we can be alone

An’ next we were movin’ on
He was with me, yeah me

Next we were movin’ on
He was with me, yeah me, singin’

I love rock n’ roll
So put another dime in the jukebox, baby
I love rock n’ roll
So come an’ take your time an’ dance with me

Said can I take you home where we can be alone

An we’ll be movin’ on
An’ singin’ that same old song
Yeah with me, singin’

I love rock n’ roll
So put another dime in the jukebox, baby
I love rock n’ roll
So come an’ take your time an’ dance with me

*Pra pegar os patins e ir com o eZ pro Ibirapuera, meu, muito bom lá a noite. A ciclovia perto das quadras é horrível e enquanto eu colocava meus patins um caminhão bomba veio molhando tudo… andei 5 metros e desisti, eu não ia acabar me quebrando. Então fui brincar de fazer cesta, e depois esperar o eZ jogar, e fui e voltei andando, nossa, muito exercício físico pra um dia só. Mas foi legal, quero fazer isto de vez em quando.

Mantendo minha fama de má

Artist: Shania Twain Lyrics
Song: Any Man Of Mine Lyrics

This is what a woman wants…
Any man of mine better be proud of me
Even when I’m ugly he still better love me
And I can be late for a date that’s fine
But he better be on time
Any man of mine’ll say it fits just right
When last year’s dress is just a little too tight
And anything I do or say better be okay
When I have a bad hair day
And if I change my mind
A million times
I wanna hear him say
Yeah, yeah, yeah yeah, yeah I like that way

Chorus:
Any man of mine better walk the line
Better show me a teasin’ squeezin’ pleasin’ kinda time
I need a man who knows, how the story goes
He’s gotta be a heartbeatin’ fine treatin’
Breathtakin’ earthquakin’ kind
Any man of mine
Well any man of mine better disagree
When I say another woman’s lookin’ better than me
And when I cook him dinner and I burn it black
He better say, mmm, I like it like that yeah
And if I change my mind
A million times
I wanna hear him say
Yeah, yeah, yeah, yeah, I like it that way

(Repeat Chorus)

Let me hear you say yeah, yeah, yeah yeah, yeah I like it that way

(Repeat Chorus)

You gotta shimmy shake
Make the earth quake
Kick, turn, stomp, stomp, then you jump
Heel to toe, Do Si Do
‘Til your feet And your backache
Keep it movin’ `till you just can’t take anymore
Come on everybody on the floor
A-one two, a three four
Hup two, hup
If you wanna be a man of mine, that’s right
This is what a woman wants…

Achei muito massa a letra desta música, mas antes que já venham me xingar, detesto homem sem atitude. Aquela coisa de “‘vamos sair?’ ‘vamos, onde?’ ‘ah, tanto faz, você que sabe'”, “‘vamos no cinema? o que você acha que está passando de legal?’ ‘ah, não sei, você escolhe'”, argh, be a man! Da mesma forma que eu não quero um troglodita, também não quero um bunda mole que acha que eu vou fazer papel de mãe e dizer tudo que ele tem que fazer. Eu ein, não tenho filho deste tamanho não…

Um conto de inverno

Mais uma vez Hercules pairava no céu, brilhante, iluminando o caminho dos caranguejos em festa, rumando para fora da toca. Risos, alegrias, festas. Estava tão brilhante e feliz que irradiava energia à milhares de kilometros de distância, e peixes, cavalos e leões marinhos se puseram a festejar. Guerreiros e guerrilhas e esquecidas por um dia, por uma noite, armas descansaram no batente da porta. Só por hoje, o que tem demais…
Depois da festa, o gosto da ressaca, o sorriso no rosto… e a volta à rotina, mas haviam sido tão boas as festividades que se confundiram com a realidade, e por alguns momentos os guerreiros esquecem as armaduras, abrem a guarda. Guerreiros não sabem acompanhar a calmaria dos rios, precisam das ondas do mar batendo nas rochas e ecoando morro acima. Contra isto sabem o que fazer. Mas quando as ondas vão no peito, quando o que ecoa são vozes nas lembranças, isto é a mais assustadora das guerras. Um bom guerreiro não se faz com histórias doces e suaves, se faz com ferro e fogo. Uma guerrilheira não nasce com a lança em punho, aprende a manejá-la depois de tantas batalhas perdidas. Sem palavras, as trincheiras são preparadas. Sem necessidade de longas explicações, os guerreiros se reconhecem e se entendem. Se afastam, sabendo que a batalha poderia reabrir as cicatrizes escondidas pelas malhas e coletes a prova de balas. Não foi desta vez. Shiva abençoa seus guerreiros e lhes devolve a serenidade das guerras conhecidas, dos motins costumeiros. Ainda não é hora. A entrega é para os simples, os improváveis, os não iniciados. Os que ainda acreditam no pra sempre, sem saber que pra sempre é tempo demais.
E o caranguejo sacode a areia, arma as pinças em defesa e volta sorrateiro à toca. Outra hora voltará a espiar o Sol. Por hora, é armazenar conchas e procurar as pérolas. Apenas pérolas são eternas.

Pandemonium

eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
Matsuoka finalmente mudou meu feed 😀 e o mais legal é que não perdeu o último do multiply.
Agora Toska atualizada no Pandemonium.
Esqueça o que você já ouviu falar sobre blogs, fotologs, miguxus e miguxas. Pandemonium é uma ideia do Claudio Matsuoka para agregar diários online de nerds que ele conhecia. Aparentemente não tão nerds assim, pelos conteúdos. Mas tem inclusive o blog do Verde, sabiam que o Verde tem um blog???? Fofo né?
Eu achei que fofo era o SuperKaramba, mas na verdade o que eu acho que é o supra sumo da fofisse e frescurisse é o TuxBar. Aparentemente ele não é tão amigável quanto fofo, mas de qualquer forma meu KDE está ficando mais fresco. Ainda não consegui esquecer meu amado de tantos anos WindowMaker, mas acho que devo tentar superar. Afinal, nem o próprio Kojima usa mais isto… mas que dá saudades dá, então tenho que deixar este KDE o mais lindo possível para eu realmente me orgulhar dele. E o TuxBar até que deu uma reaçada. Agora só falta configurar para os botões deixarem de ser inúteis e fazerem algo de verdade.
Enfim, é isto. Proximo item na TODO list, achar um theme decente, e procurar plugins fofinhos. Prioridade: 99. 🙂

Offline

Puxa vida, quanto tempo faz que eu não passava tanto tempo offline. Passear, conversar com alguem diferente, passar horas folheando livros aleatórios na livraria, ir ao cinema. Ando muito estressada, e o motivo é muito simples: tô esquecendo de que eu preciso primeiro é cuidar de mim.
E por algumas coisas claras. Eu estou incomodada desde os acontecimentos na sexta feira, e não soube dizer claramente o que me incomodou tanto. Eu sempre ouço falar que tem muita gente que não gosta de mim e nem ao menos me conhece, e eu não ligo muito pra estas pessoas. Da mesma forma, em um dos relatos do Slackware Show, um cara disse que eu sou meiga e simpática. O que eu acho é que eu trato as pessoas da forma que eles me tratam. Tipo aquela historinha dos dois caras chegando na cidade nova… Bom, na sexta feira, eu achei que o carinha estava falando muita merda falando que a comunidade não faz nada, só se preocupa em aparecer. Sim, tem muita gente que só faz isto, mas não deixa de ser asneira generalizar desta forma, mas ele tem direito à opinião dele. O que me irritou foi que como eu o estava ouvindo, ele começou a me tratar com arrogância. Eu ali na maior boa vontade tentando dialogar, e ele me diz “então, vou te explicar o que eu penso, mas eu também não me importo se você não entender”. As boas respostas dificilmente são pensadas na hora, e o que eu queria ter dito mesmo era “então faça assim, poupe seu tempo e o meu, porque eu não estou interessada no que você está falando, eu apenas estou sendo educada, mas como você não é, não me sinto nesta obrigação”. Eu na hora ri e falei que ele estava era magoadinho. E depois postei aqui, e ele deixou comentários de baixo nível que apenas me mostraram que realmente eu não deveria esquentar, mas me sinto melhor agora esclarecendo. Claro que vão deixar comentários me xingando, mas até aí, fazer o que, cada adapta a realidade segundo quer. Mas no básico é isto, eu procuro tratar todo mundo com respeito, mas se a pessoa não faz o mesmo, eu não tenho obrigação nenhuma de aturar.
Mas decidi, vou voltar a pensar em mim. Acho que eu não aprendi com a caxumba, com a pausa forçada, preciso me cuidar. Voltar a fazer dança, andar de patins. Sair pra beber não ajuda, relaxa na hora mas não resolve, e no outro dia alem de estar com a pilha descarregada o organismo desgastado ainda tem que consertar todo o estrago causado pelo alcool. Preciso é de mais programas assim, que relaxem sem efeitos colaterais… ou pelo menos efeitos colaterais saudáveis…
E Sin City é muito foooooooooooooooooooooda! Carai, muito bom o filme! Forte, pesado, mais pesado que Pulp Fiction eu acho, mas nossa, muito animal.
Constatações aleatórias: buzina em São Paulo anula o farol vermelho, aparentemente.
E pra encerrar, a frase que pulou na minha vista agora na capa do 1001 frases da Info: Nossa era se orgulha de máquinas que pensam e desconfiam de homens que tentam pensar – Howard Jones.

Talk is cheap

Chega de blá blá blá, vamos falar de coisas úteis.
Uma das coisas que eu mais gosto com o movimento open source é que não apenas lhe permitem ver e modificar e estudar o código, mas sempre é incentivado(não da maneira mais simpática, certamente) a que o código seja limpo, legível e seguro. Isto é uma das coisas que admiro nos BSDs, existem regras e padrões para que patchs sejam aceitos. Um código sujo e um código limpo podem fazer a mesma coisa, mas certamente um código limpo é muito melhor de dar manutenção e integração.
Um código mais seguro é sempre desejável, e eu passei a testar algumas ferramentas a respeito. Uma delas, o FlawFinder, é uma ferramenta interessante, embora gere muito falso positivo. Mas é um começo, seguindo as indicações ali descobri muita coisa interessante.
Eu me deparei com uma discussão datada de 2000, e achei que só eu não sabia, mas aparentemente é desconhecida, pois vários programadores muito experientes não a conheciam(experientes assim, tipo, décadas…). A discussão começa com a proposta de Todd C. Miller e Theo de Raadt a respeito de novas funções para copiar e concatenar strings. Esta é um dos principais pontos de falha nos softwares.
Geralmente usa-se as funções strcat e strcpy para concatenar ou copiar uma string para outra. Porém estas funções não controlam quantos caracteres serão copiados, e podem ser copiados muitos mais do que deveriam e sobrescreverem áreas de memória. Por exemplo, digamos que você tem isto no seu programa:

char palavra[20],frase[100],usuario[10];

Você tem uma palavra de 20 caracteres, uma frase de 100 e nome de usuário de 10. Suponha que este nome de usuário serve para que você gerencie se o usuário pode realmente armazenar esta frase em determinado arquivo.
Então você vai lendo tranquilamente as entradas e concatenando as palavras em frase. Só que o usuário “esperto” digita uma palavra de mais de 20 caracteres. Não precisa ser muito, bastam 21 caracteres. Como o strcat não tem controle, ele irá escrever os 21 caracteres, invadindo assim a área da variável usuario. Com o valor de usuario alterado, o usuário não vai mais conseguir gravar no arquivo, pois este valor não corresponde mais ao valor correto. Agora nosso usuário vai ter que sair do programa e entrar novamente… soa familiar? 😀
Isto numa hipótese simples. Numa hipótese não tão simples, não haveria outra variável para o strcat invadir e ele acabaria sobrescrevendo uma área que resultaria em erro geral do programa, bum, segmentation fault na cara. Numa hipótese um pouco mais sofisticada, um atacante experiente manipularia a área onde está escrevendo para chamar um código arbitrário e executaria ações não previstas e maliciosas. Numa hipótese triste mais real, um script kiddie pegaria um exploit feito por um programador experiente e executaria ações não previstas e maliciosas.
Isto pode ser melhorado com o uso das funções strn[cat|cpy]. Porém este uso também é um dos grandes pontos de falha dos softwares, pois estas funções são mal interpretadas. A sintaxe é

strn[cat|cpy](destino,fonte,tamanho)

só que tamanho não quer dizer o tamanho que destino suporta, tamanho quer dizer o quanto de caracteres vão ser copiados para destino. Ou seja, o uso correto destas funções é

strn[cat|cpy](destino,fonte,tamanho-strlen(destino)-1)

Sim, menos o espaço já usado e menos 1, pois ele vai gravar o resultado disto e DEPOIS vai encerrar a string com um ” . Quer dizer, o strncpy não vai fazer isto, se não houver um ” na string de fonte E entre os caracteres copiados, a string não vai ter fim. Como muitas funções lêem/manipulam strings até encontrarem um ”, os resultados podem ser catastróficos. Isto somado a má performace, pois o strncpy preenche com zeros o espaço resultante. Então se você declarar no seu programa:

int tam_arq=1024;

porque você é uma pessoa esperta e quer facilitar futuras mudanças, e

string arquivo[tam_arq];

e escrever

strncpy(arquivo,”/etc/named.conf”,tam_arq);

o strncpy vai escrever /etc/named.conf e preencher 1009 zeros.
A proposta das funções strl[cat|cpy] é de ser mais intuitiva, ou seja, interpretar o tamanho como o tamanho máximo que o destino comporta, garantir o encerramento da string e copiar apenas o que é necessário. Estas funções já são padrão nos BSDs, e também são utilizadas dentro do kernel 2.6. A equipe da Glibc se recusa a aceitar esta função , com base em argumentos de que:

  • não é padrão do C
  • pode ser feito com funções como snprintf, ou o correto uso do strn[cat|cpy].
  • o programador deve saber o que está fazendo
  • Embora eu ache que eles tem razão, ainda acho que vale a pena utilizar métodos mais eficazes. Se de qualquer forma eu vou ter que declarar uma função para sempre calcular a quantidade a ser copiada, copiar e garantir o termino da string(afinal não vou ficar repetindo código), acho que vale a pena olhar as implementações do OpenBSD(strlcpy) e do kernel 2.6 no arquivo lib/string.c.

    KoMuNiDadI

    Ontem paguei meus pecados. Fui a um churrasco e eles tem esta nova geração a la Hackerteen. Vários aborrescentes achando que sabem de tudo e que está tudo errado, eles é que sabem como tem que ser. O legal é fazer eles ficarem debatendo um contra o outro e ter um pouco de sossego, mas não funciona por muito tempo. Eu vejo as mesmas discussões religiosas de todo newbie, ou de todo aborrescente, e é ate divertido observar, mas não me metam no meio, vai, eu já passei desta fase.
    Eu tenho ouvido algumas vezes esta história que “a comunidade não faz nada”. Ein? De que planeta eu sou então? “Ah, quem aparece não é quem devia aparecer”. Bom, aí temos duas categorias, você acha que o Linus não deveria aparecer? O Eric? O Tosatti? O grande hacker Gilberto Gil?
    Então, tá na moda agora botar a culpa na comunidade. Eu acho isto bizarro, vocês realmente querem que a comunidade pare? As vezes eu fico imaginando uma greve, imagina que legal se a gente parasse uma semana… quem sabe paravam com estas palhaçadas.
    Eu ouvi que “não sei quem não sei quem manja pra caramba, não sei quem faz cursos pra periferia, estes caras sim é que deveriam aparecer”. Olha, eu acho que você não entendeu a questão de meritocracia. Não é quem manja mais, ou quem usa o trabalho da comunidade para fins sociais, meritocracia é que você vale o quanto você contribui. Eu sei que tem trozilhões de caras que manjam mais que eu, so que o pouco que eu sei, eu retorno, eu gasto meu tempo para compartilhar. Esta conversa na verdade esconde uma grande mágoa dos pseudo sabe-tudo de serem anônimos.
    Tem sim muita gente que adora uma notícia inútil, só pra posar na mídia. Estes tempos tive uma conversa deprimente, encontrei uma menina que já trabalhei, e perguntando como ia o trabalho, a resposta foi: “muito bem, ficando conhecido pra caramba”. Como assim, o que importa é ficar conhecido? Ah, acho que este é o problema desta galera. Eles QUEREM ficar conhecidos, porque se não quisessem, não se magoavam com quem é. Existe uma cultura tipo “mamãe quero ser big brother”, e ao invés de você ter reconhecimento pelo seu trabalho, o reconhecimento passa a ser a finalidade. E eu quero que estes big brothers todos se matem e me deixem trabalhar.
    Um outro disse que não conseguiu resolver um problema com base em um artigo meu, e que eu não devia ter publicado assim. Que eu devia ter gasto um mês pra deixar ele bem pra iniciante. Olha só, eu não faço documentação pra iniciante. Sim, o Linuxchix tem a proposta de ser um ambiente amigável para eles, mas as coisas que eu coloco lá são mais avançadas exatamente porque já tem coisa demais pra iniciante, e eu não sei falar outra lingua. Segundo, porque não me mandou um email falando? Ou melhor ainda, porque não me mandou um patch? Que tal ler Catedral e Bazar? Dezenas de pessoas pegaram o documento sobre Samba e ADS que não contem a parte de login do sistema, me perguntam, eu encaminho, e não me dão retorno. De Alta Disponibilidade também, tá desatualizado mas ninguém me retorna as mudanças. E eu não tenho ambiente para melhorar, e se do jeito que tá já ajudou muita gente, eu acho que cumpri meu papel. Criticar é fácil. Usar é mais ainda. Contribuir é o que parece que vai quebrar a mão.
    Tem o povo do contra, que só faz pelo prazer de contrariar. O problema nem é eles serem do contra, o problema é torrarem minha paciência. O que eu digo pra esta galera que ficar criticando é a forma mais fácil de não fazer nada, na verdade é a forma de justificar a falta de ajuda. Eu acho que uns querem guardar o conhecimento pra si, para serem eternamente os fodões, outros não tem a dedicação e paciência para compartilharem, ouvirem dúvidas e questionamentos, e outros estão mesmo é se lixando pra contribuir, querem só usar. Estes últimos pelo menos tem a vantagem de assumirem isto e não ficarem com discursinhos pseudo revolucionários de “se não é do meu jeito eu não brinco”.
    E aí, vai ficar reclamando ou vai ajudar?