Doritos no restaurante Mexicano

Sábado, fim de evento, missão cumprida, hora de relaxar. Onde vamos, onde vamos, alguem falou em restaurante mexicano e eu adotei a idéia na hora. Além do mais, na Lagoa, levamos todo mundo pra conhecer a Lagoa. Depois de esperar o pessoal da Solis ver jogo de futebol(argh), fomos encontrar o Hélio e a Fer já no El Mexicano. Por telefone eu já estava tendo um mau pressentimento, o dono era um argentino que não deixou eles reservarem mesa. Alias, falando em mau pressentimento, eu queria estar tão certa sobre a mega sena quanto estou quando tenho estes.

Enfim, chegamos, fizemos uma mesa gigantesca e sentamos. Aparentemente em algum lugar com um muro de invisibilidade, porque tivemos que chamar os garçons e pedir os cardápios – e eu desde o meio dia sem comer. Fizemos pedidos rápidos, apenas tacos e nachos, para não demorar – supostamente, este tipo de prato é tipico do restaurante, deveria vir rápido, não? Não. Depois de meia hora, começamos a nos inquietar. Eu não queria me irritar – e eu fico bastante propensa a isto quando estou com fome ou sono – então pedi uma marguerita para relaxar, pq ficar só na coca light não estava ajudando. E até funcionou…

Depois de mais uns 20 min e várias promessas de que “já está chegando”, eu puxei o garçom e disse “olha moço, se for demorar, tudo bem, é só me avisar que eu vou ali na esquina, compro um Doritos e volto”. Ele novamente falou que “já estava chegando”. Quinze minutos depois e com o fim da marguerita, eu e o Lucifer fomos colocar minha idéia em prática. Desci e pedi para sair, e o “segurança” me disse que só sairia com a comanda paga. “Mas minhas coisas estão lá em cima, meu drink, meus amigos, eu vou voltar”. Não, só com a comanda. Tá bom.

Fui até o caixa, onde lo hermano estava, e disse a ele “olha, eu estou há uma hora esperando meu lanche, que não chega. Eu quero ir ali fora comprar um Doritos para esperar por ele, porque eu estou desde o almoço sem comer e eu trabalhei o dia todo, me desculpe, mas eu preciso comer alguma coisa.” Então ele me disse “no no, aqui no se puede entrar com Doritos”(ou algo assim naquilo que eles juram que é portugues). Então eu disse “então me sirva!”. Ele perguntou qual era meu lanche, eu falei mas acrescentei que toda a mesa estava esperando, e que havia quase 30 pessoas. Um dos garçons chegou e começou a falar que deu um problema na cozinha, e eu falei “tudo bem, só me deixa sair e eu já volto então”. Como lo hermano estava começando a fazer um pequeno tumulto, o garçon achou melhor não discutir comigo e me deu um papel para sair. Saímos eu e o Lucifer, caminhamos um pouco até achar Doritos – Fandangos não servia, afinal, estavamos em um restaurante mexicano. O melhor foi descobrir que lá na Lagoa, loja de conveniência do posto tem um frentista segurando a porta, então fica uma fila do lado de fora para poder entrar e comprar alguma coisa. Mas enfim, conseguimos os Doritos, enquanto o Helio me avisava por telefone que a comida chegara.

Voltamos, colocamos o Doritos na mesa e todo mundo pegou um pouco. Havia chego o pedido sim, só que só metade dele. O pessoal da Solis ficou esperando, quase jogando a mesa no garçom. Vinte minutos depois, eles desistiram, cancelaram o pedido e resolveram ir embora. Obviamente, fomos todos, ordeiramente e com toda a conta paga, quer dizer, apenas a parte que eles efetivamente serviram. Depois a Fer e a Iris fizeram questão de contar para toda a fila o que tinha acontecido, mas eu duvido que tenha surtido algum efeito. O pessoal em Floripa prefere ser mal atendido a perder a pose.

As pessoas me perguntam como é que eu pude trocar Floripa por São Paulo… eu não sei o que dizer a eles…

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