Recent happenings on important parts of my life really made me very introspective these last days. It made me think about what do I value, and what the most important things are for me.
This was probably the saddest week ever for Linuxchix. How our beloved new elected leader went from that to have a clamor for her resign in two weeks still amaze me. I’m still confused of why she refused to see what was going on, and dealing with the problem before it end up a painful widespread problem which affected probably everybody involved with the group. As I comment in one mail, just the fact that I thought on the possibility of leaving Linuxchix, for the very first time, makes me sad. But as those events on your life that you have absolutely no power to stop them from happening, I could not avoid this week on losing the trust I had in some people, inside and outside Linuxchix.
I do admire somethings in Mary, and one is her loyalty to friendship. Probably a friendship built in sharing the same goals and values. But she stood up for what she believed, and that made me wonder in what I believe. Linuxchix has been the major part of my life for the last 5, 6 years. I dedicated to it my weekends, my free and non free time. I had forced me to stand up in front of hundreds of people, including in other language, and deal with my own terrifying fear of public speaking. It has changed me, and all the work I donated paid back to me several times more. I own the job that I love to that, to the challenges I went and to the people I helped, people who taught me about working in groups and listening to opinions, sometimes very strongly, against your own opinion.
I did even lost some friends, because of Linuxchix, specially the Brazilian chapter, which always later revealed that I didn’t loose too much. Maybe because most of the work was in Portuguese other people cannot evaluate it properly, but it has been my child, I saw it growing. But several times I had to step back and reconsider my opinions and desires. Sometimes I was right, sometimes I was wrong. But giving it a second thought, and the most important thing, listening to people affected by it, always had proved to worth. The recent episode, although painful, gave to Linuxchix an enforce identity, and a new sense of community. It has made stronger our believe for a place where anyone can question without fear, a free environment were people are going to feel safe and welcome, as long as they watch the “Be Polite. Be helpful.” rule. And that questions never will be answered with a “because I said so”.
I’m a very, very sensible person. I don’t think I ever meet someone as sensible as me. For those interested in zodiac, I’m Cancer, so you can tell. And it is not just my personality, I developed Fibromyalgia, so I’m physically too sensible. And you know what, after years and years of existential crises, I don’t think I should change. It is hard to find real friends and people who can understand that, but I always do. There was a person who deeply understood and accepted that, and I’m really sorry we didn’t work it out. But is kind a price to pay for seeing the little details no one else sees, caring about intentions not just appears, knowing deeply inside when you should do or trust in someone or something. Even when it has absolutely no sign that I shouldn’t, I just know. And later on the road, I find why. So one thing I do trust is in my intuition.
And trust is such a delicate feeling. You can give it to someone, but never request. And once you loose your trust on someone or something, it will never come back. You can work it out, forgive, and clue the pieces together. But never went back to that stage that you just accept because you trust. Trust is the thing that I most value, and I do anything for people or things I trust. But as painful as it can be, I had learned to let go those in who I lost my faith.
The Queen is dead. Long life to the Queen!
Quem você confia?
Acontecimentos recentes em partes importantes da minha vida me fizeram bastante introspectiva estes ultimos dias. Fizeram-me pensar muito sobre quais são meus valores, quais as coisas mais importantes pra mim.
Esta provavelmente é a semana mais triste na história do Linuxchix. Como nossa adorada recem eleita coordenadora passou disto para ter um clamor por sua destituição em apenas duas semanas ainda me deixa espantada. Eu ainda estou confusa por quais motivos ela se recusou a ver o que estava acontecendo, e lidar com o problema antes de ele tornar-se em um problema
doloroso que afetou praticamente todas as pessoas envolvidas no grupo, mais ou menos ativas. Um comentário que eu fiz em um mail para a lista de voluntárias, foi que pela primeira vez eu cheguei a pensar na possibilidade de deixar o grupo, o que me deixou extremamente triste. Mas
como acontece naquela sucessão de eventos que acontecem sem avisar, que você percebe que vão mudar muita coisa mas que fogem ao seu controle, eu não consegui evitar de perder a confiança em algumas pessoas, dentro e fora do Linuxchix.
Uma coisa eu devo admitir que admirei nas atitudes da Mary, sua lealdade a amizade. Provavelmente esta amizade foi construída no compartilhamento de objetivos e valores. Mas o fato é que ela manteve-se firme no que ela acredita, e me fez pensar a respeito do que eu acredito. O Linuxchix tem sido uma enorme parte da minha vida nos últimos 5, 6 anos. Eu dediquei ao projeto muitos finais de semana, horas livres e não livres. Eu me obriguei a me apresentar na frente de centenas de pessoas e enfrentar meu medo de falar em público. Isto mudou muita coisa em mim, e todo o esforço me foi recompensado multiplicado. Eu devo a estas experiências o trabalho que eu amo, aos desafios que eu enfrentei e as pessoas que eu ajudei, pessoas estas que me ensinaram muito a respeito de trabalho em grupo e ouvir opiniões, muitas vezes com muita veêmencia, diferentes da sua.
Eu perdi alguns amigos por causa do Linuxchix também, especialmente na regional brasileira, mas isto sempre revelou mais tarde que eu não havia perdido grande coisa. Talvez pelo fato de todo o trabalho ser na maioria em português, muitas pessoas de fora não entendam completamente, mas o projeto é como um filho para mim, que eu vi crescer. Muitas vezes eu tive que dar um passo atrás e reconsiderar minhas opiniões e objetivos. As vezes eu estava certa, as vezes eu estava errada. Mas reconsiderar e mais importante, ouvir a opinião das pessoas envolvidas, sempre se mostrou válido. No episódio recente, embora doloroso, deu ao Linuxchix uma identidade reforçada, e um senso maior de comunidade. A mensagem que acreditamos foi reforçada, de um lugar onde qualquer pessoa poderia questionar e se expressar sem medo, um ambiente onde as pessoas se sintam acolhidas, desde que observem a regra de “Seja polido. Seja útil.”. E que nunca as questões serão respondidas com um “porque eu quero”.
Eu sou uma pessoa extremamente sensível. Eu acho que nunca encontrei alguém tão sensível quanto eu. Para quem acredita em horoscopo, eu sou do signo de Câncer, então você imagina. Mas não é apenas minha personalidade, eu desenvolvi fibromialgia, então eu sou fisicamente sensível também. E quer saber, depois de anos e anos de crises existenciais, eu não acho que
deva mudar. É difícil encontrar amigos verdadeiros e pessoas que me entendam, mas no fim das contas, sempre tem. É um preço que eu pago por observar detalhes que mais ninguém vê, por me importar mais com intenções do que aparências, de intuir sempre quando eu devo ou não confiar em alguém ou em alguma coisa. Mesmo quando não tem o menor motivo aparente, ou quando parece completamente o contrário, eu sei, e mais tarde eu confirmo. Então se tem uma coisa que eu confio, é na minha intuição.
E confiança é um sentimento tão delicado. Você pode dá-lo a uma pessoa, mas nunca exigir. E uma vez que você perca sua confiança em alguém ou algo, não existe volta. Você pode resolver, você pode perdoar, você pode tentar colar os cacos como se fosse porcelana. Mas nunca irá voltar aquele estágio onde tudo era compreendido por causa da confiança. Confiança é a coisa que eu mais valorizo, e eu faço tudo e qualquer coisa pelas pessoas que eu confio. Mas por mais doloroso que seja, eu também aprendi a deixar ir aqueles que perderam a minha.
A Rainha está morta. Vida longa à Rainha!