Article published at e-magazine Intel Software Insights number 10. Portuguese version at Linux Magazine Brasil, November/2007 edition.
The open-source community is gaining momentum. Some people like to talk about the ideology behind this phenomenon, while others emphasize the way it fosters Internet-powered collaboration and uses the Creative Common licenses to build upon ideas. Artists, especially, enjoy a rich history of sharing ideas and information about their work.
I like the way the open-source community is advancing and improving a standard body of work. We are entering a new phase, where open source demands that technology providers pay attention, learn, and adapt. Studies point to major transformations in the way we deal with technology, and open sourcing is driving these transformations.
Technology providers are realizing that besides providing innovative solutions, the open-source community can also bring these solutions to market faster. For example, let’s say company X just built an incredible, ultra-advanced new technology Y. Technology Y promises to make your data communications speedier, allow more parallel operations, maybe even create new services. Company X is enthusiastic about this fantastic product. So, it tells its software partners, “Hey, look at this; your software is going to run so much faster. And you will be able to develop the solutions our customers are asking for!” The partners also are enthusiastic; and everyone celebrates. A year later, software that utilizes some of those new technologies finally reaches the market. Not all, because the partners can’t develop the software fast enough to take advantage of everything. Meanwhile, our dear company X already has several new technologies but is still waiting for its partners to use their now dated ones.
At this point the workers at company X say, “Hey, why don’t we take a look at open source? Top developers worldwide are passionate about its use; we just give them access and tools. We’ll save money, get problems fixed quickly and effectively, and best of all, get new uses for our products. Sounds much better, don’t you think?”
And so, company X learned it didn’t need to rely exclusively on its old proprietary partners anymore. Soon, users were giving compliments and spreading the good news because “they opened the drivers!” Company X discovered that investing in open source delivers great results and innovation occurs much faster than before.
Now, it is really fun to hear companies say, “You know, those nerds were right.” Well, we’re not the mainstream yet—we have a long way to go. But isn’t it great to say, “I told ya so?”
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Artigo publicado na revista Linux Magazine Brasil, na edição de Novembro/2007, já nas bancas! Versão em inglês publicada também na e-magazine Intel Software Insights número 10.
“O alcance do movimento Free and Open Source Software tem avançado nos mais diversos setores da sociedade. Muitos gostam de se concentrar na parte teórica e nas implicações ideológicas, que para a maioria é apenas observar o óbvio. Outros gostam de associá-lo à nova forma de compartilhamento que a Internet permite, como os projetos que usam a idéia do Creative Commons. Os músicos se identificam, em sua grande parte, plenamente com a idéia de compartilhar e trocar sons e informações sobre suas obras e as de terceiros.
Eu gosto mesmo é de saber que o Código Aberto impulsiona melhorias. Mais que isso: vemos uma nova fase, onde ele praticamente obriga todos os provedores de tecnologia a prestar atenção ao movimento, estudar e adaptar-se. Todas as previsões apontam profundas mudanças, mudanças estas que há muito tempo anunciávamos.
As companhias produtoras de tecnologia começam a perceber que, mais que prover soluções mais confiáveis, estáveis e de rápida correção, a comunidade de Código Aberto pode ser um grande impulsionador para o uso destas novas tecnologias.
Por exemplo, imaginemos uma determinada empresa que fabrique uma novíssima e revolucionária tecnologia que possibilite uma comunicação de dados muito mais veloz, com várias operações em paralelo, e crie possibilidades para outros tipos de serviço. A empresa está motivadíssima, por todo o esforço investido, a fazer aquele produto realmente fantástico. Então, ela diz aos parceiros de software: “Com esta nova tecnologia, seu software vai rodar muitas vezes mais rápido! Vai possibilitar todas as aplicações que nossos clientes estão pedindo!” Os parceiros também ficam entusiasmados, e todos celebram.
Um ano depois, produtos que utilizam algumas dessas maravilhosas tecnologias finalmente chegam ao mercado. Ou melhor, nem todas, pois os parceiros não dão conta de criar softwares para aproveitar todas as funcionalidades da tecnologia, além de terem que resolver suas próprias falhas. Até lá, aquela mesma empresa inovadora já desenvolveu várias outras novas tecnologias, enquanto aguarda seus parceiros aproveitarem as tecnologias já antigas.
Então, a empresa ouve alguns dos seus funcionários dizerem: “sabe, deveríamos investir em projetos de Código Aberto. São milhares de profissionais altamente qualificados ao redor do mundo, e apaixonados por tecnologia. Eles podem nos ajudar a habilitar nossos novos dispositivos para os milhões de usuários de sistemas abertos: basta darmos acesso e
ferramentas a eles. O custo do desenvolvimento é muito baixo e, além de problemas serem rapidamente resolvidos, isso tudo permite que eles ainda inventem novos usos para nossos produtos. E você vai ficar verdadeiramente surpreso com a rapidez com que isso acontece.” Parece interessante, não?
E assim, a empresa fabricante da tecnologia inovadora felizmente aprendeu que não precisa depender exclusivamente da disponibilidade de seus antigos companheiros proprietários para disponibilizarem o resultado de seu trabalho para seus usuários finais. Ela descobriu rapidamente que usuários satisfeitos elogiavam e faziam propaganda dos seus produtos, pois os drivers eram abertos. Entusiasmada, a empresa descobriu que investir em comunidades e empresas de Código Aberto davam resultados ótimos, e eles podiam voltar a criar novas melhorias e tecnologias ainda mais rápidas e poderosas. Enquanto isso, desenvolvedores estudavam essas tecnologias e lhes davam vida.
Agora é divertido ver tantas grandes empresas pensando: “não é que eles estavam certos?”. Mas, calma, ainda não somos maioria. Temos muito caminho para chegar lá. Mas que é boa a sensação de “eu disse, eu não te disse?”, isso é.”