This is the best place ever. I feel like a kid in a blowing mind high tech futuristic playground.
Yesterday I missed the first talk I wanted to see because I misunderstood the timing. The talks start at 11:30, but the opening was at 10:30, and there was a big queue… anyway, there will be videos available later. I attend to the Simulating the Universe on Supercomputers, and turns out you can simulate a very small part of the universe – just about a galaxy or two – on your laptop. The simulations are about testing if the models they use to study the history of the universe are actually true, so they compare the results of simulation with what they see in the real universe.
Then I attended the Building a Hacker Space talk, where they talk how to create and manage hacker clubs. Seems that the most important piece of furniture is a dish washer, and a shower always helps.
All those talks were really cool, well presented and with new subjects for me, someone really tired of the same talks on and on and on in the Brazilian conferences. But the most OMFG good talk until now was the Making Cool Things with Microcontrollers, which turns out into a brain waves and brain machine talk. The brain emits waves into certain frequencies according to what state are we: awake, relaxed, and deeply relaxed. And each of these states also is more productive or more creative. So the speaker built a glass which emits lights and sounds into the aimed frequency that you want to put your brain… I’d seeing mind hacks, tips for being more productive, but this actually means hacking your brain…
I also attended to a bio engineering talk, where a researcher showed how they are hacking the spices. For example, they took a virus, decoded the DNA sequence, separated the functions and organized them into a way would be easier to document and understand, and try it on the actual virus. The results worked – the virus was alive – but about 40% slower, so it wouldn’t survive on nature. Seems that nature have a very very good compression algorithm, but very poorly documented. They invited people who like reverse engineering to join them and help to reverse engineer cool stuff – like yourself.
The night was closed with a presentation about all kinds of crappy music talking about computers, and how conservative people were scared that computers would take over the world and replace humankind. Songs instigating people to destroy the computers, songs with computers filling the air… a song praising Zuse for inventing the computer, and “he was brilliant because he was lazy” or something like that – see how laziness can be beautiful? And to close, a song made at *1996*, by Eurocats, singing “Surfing Surfing, through the night, in multimedia… I see you in the data highway!!!” There are rumors this group of four women were actually technicians from CERN, so they knew about multimedia and surfing on the Internet in 1996…
And then the conference ended, at 1:30 in the morning. There were lots of people in the hacking space, and I bet there were people here all night long, which can be confirmed by the people sleeping on the couches around the place. I wonder how this place will smell in the last day…
Today the talks were not that exciting for me, so I went to learn how to make a RFID text reader identifier. You take a cooper wire, and a really small piece of circuit, sold a tiny LED, put on the wire – which needs to be rounded into three circles – put a plastic to protect the mini circuit, and voile! You can track when you are being followed…
Hector made some more detailed reports about the talks, and we are going to make a work team and I will translate it. People complaining about my chaotic style of writing probably will love that. For those who would like to see the talks, they are streaming it in live – check the addresses here. I would suggest you to check the “DIY Survival – How to survive the apocalypse or a robot uprising“, because, you know, you may need it 😀
pt_BR
Este é o melhor lugar de todos os tempos. Eu me sinto uma criança em algum parquinho futurista, imenso, colorido, cheio de coisinhas brilhantes piscando.
Ontem eu perdi a primeira palestra que queria ver, me perdi no horário. As palestras todos os dias começam as 11:30 da manhã, mas a cerimônia de abertura era as 10:30, e a fila estava grande… mas tudo bem, eles sempre publicam os vídeos depois. Eu assisti a palestra sobre Simulação Espacial em Super Computadores, e no fim você pode simular uma pequena parcela disto – tipo uma galáxia ou duas – no seu laptop. As simulações são para testar os modelos usados para estudar a história do universo, e ver se estes modelos estão corretos. Simulando estes modelos teóricos e comparando com o que eles observam do universo real, eles podem dizer se estão corretos ou pelo menos bastante aproximados.
Depois eu assisti a uma palestra sobre como Construir um Espaço Hacker, onde eles contaram experiências sobre como criar clubinhos de hackers, espaços físicos que alugam e mobiliam para um grupo ir ali hackear, desenvolver projetos, ministrar palestras, cursos. Parece que a mobília mais importante nestes espaços é uma lavadora de louças, e um chuveiro sempre ajuda também.
Todas as palestras foram muito boas, bem apresentadas e com temas novos para mim, alguém já bastante entediada das mesmas palestras uma e outra e outra e ainda outra vez. Mas a melhor de todas, super mega power palestra até agora foi a Criando coisas legais com Microcontroladores, que no fim virou uma palestra sobre ondas cerebrais e sobre uma máquina para manipulá-las. O cérebro emite ondas em determinadas frequências de acordo com o estado que você se encontra: acordado, relaxado, dormindo. E cada um destes estados também estimula sua concentração ou produção criativa. Assim, o palestrante construiu um óculos acoplado com um microcontrolador muito simples que emite luzinhas e sons na frequência que você quiser colocar seu cérebro… Eu já vi várias artigos e dicas sobre efetividade, produtividade e hábitos para desenvolver seu cérebro, mas este é definitivamente hackear seu cérebro…
Também assisti uma palestra sobre bioengenharia, onde um pesquisador mostrou como eles estão hackeando as espécies. Por exemplo, eles pegaram um vírus, decodificaram o DNA, separaram as funções deste DNA – que na verdade se sobrepõe umas às outras, então para mudar alguma destas funções que controlam características ou comportamentos – reorganizaram e colocaram de volta para ver se funcionava. Mesmo após centenas de modificações no código fonte do vírus, ainda funcionava, porém 40% menos eficiente e lento – o vírus modificado não sobreviveria na natureza. Eles convidaram todos os interessados por engenharia reversa que quisessem ajudar para se unirem a eles e ajudarem a fazer isto em coisas bem interessantes – você pode fazer reengenharia reversa em você mesmo, por exemplo.
A noite fechou com uma palestra sobre todo tipo de música feita sobre computadores – não música feita com computadores, como eu achei que seria, mas música falando sobre computadores. Conservadores tinham muito medo que os computadores iam dominar o mundo e substituir as pessoas. Muitas músicas instigando a destruição dos computadores, músicas viajando que computadores estavam preenchendo o ar e todos os espaços possíveis… músicas louvando Zuse por ter inventado o computador, e que “ele era brilhante por ser tão preguiçoso” – viu como preguiça nos lugares certos na verdade é brilhante? E para fechar, uma música feita em *1996* por um grupo chamado Eurocats, cantando sobre a Internet… existem rumores não comprovados de que este grupo era formado por quatro mulheres que trabalhavam na CERN, e por isto sabiam sobre multimidia e navegar na Internet em 1996…
E assim a conferência termina, a 1:30 da madrugada. Ainda tinha muita gente por lá, principalmente no espaço hacker, e eu aposto que muita gente virou a noite, o que pode ser comprovado pelo povo dormindo pelos cantos agora de manhã. Eu imagino como este lugar vai estar cheirando no último dia…
As palestras de hoje não chamaram tanto a minha atenção, então fui fazer um rápido workshop sobre circuitos, soldagem, e aprendi a fazer um identificador de leitores RFID. Tomamos um cabo de cobre, damos três voltas, pegamos um pedaço muito pequeno de circuito, soldamos um minúsculo LED, colocamos no cobre, colocamos um plástico para proteger, e voilá! Você agora pode identificar quando está sendo lido… ou no caso dos europeus, rastreado. Esta questão toda é porque agora os passaportes tem um chip rastreável. Por aqui as coisas estão bem neuróticas, os provedores são obrigados a guardar logs por dois anos, câmeras por todo lado, chips nos passaportes… e quem gosta de ser seguido o tempo inteiro?
Hector está fazendo relatos mais detalhados das palestras, e vamos fazer um trabalho em conjunto e eu vou traduzí-los. As pessoas que reclamam do meu estilo caótico de escrever provavelmente vão adorar o estilo organizado e certinho dele. E para quem quiser acompanhar as palestras em tempo real, veja na página de Streaming como acessar. Por hoje, eu recomendaria a palestra sobre Como Sobreviver ao Apocalipse ou a um golpe de estado dos Robos – porque você sabe, talvez um dia você precise 🙂
Fantástico!!! E mantenha os pobres mortais e leitores assíduos e anônimos informados, como criança lendo O senhor dos anéis pela primeira vez 😀