Disclaimer: Um dos motivos que eu não blogo mais frequentemente é porque fico querendo colocar mais e mais e mais informações e não acabo nunca, ou quando estou quase acabando, o assunto não é mais relevante. Comecei a escrever sobre a nova versão do Moblin logo depois que foi lançado e eu estava testando em primeira mão, porém além de purismo, outras atividades começaram a demandar mais do meu tempo. Como se não fosse suficiente, me lancei em uma missão kamikaze no trabalho e tenho duas semanas para fazer milagre, e este post provavelmente ficaria congelado. Isto não é provavelmente a metade do que eu pretendia publicar, mas vou optar por mudar desta vez e seguir o preceito “release early, release often“, e dar um gostinho para vocês do que realmente o Moblin 2.0 tras e o que se pode esperar. Prometo escrever mais semana que vem.
Semana passadaretrasada foi anunciada a versão 2.0 beta para netbooks do projeto Moblin, trazendo uma drástica diferença não apenas da versão 1, mas também de todos os desktops Linux até então. A notícia gerou muito barulho e foi parar no NYTimes, além de muitas análises mundo afora. Apesar de ser a versão beta, as novidades desta versão, que não comprometeram a estabilidade, foram o principal foco dos comentários.
O Moblin vem sido desenvolvido há dois anos, com foco nas novas funcionalidades que o processador Atom oferece. O mercado de netbooks, nettops e MIDs tem requisitos específicos: baixo consumo de energia e maior duração da bateria; tamanho da tela; e preço – porém sem comprometer o desempenho. E um dos usos mais esperados para estes dispositivos é para mídias – músicas, vídeos, fotos – que requerem mais do processador. Assim, foram incluídos no Atom recursos específicos para manipular mídia, habilitados pelo conjunto de instruções SSSE3. Estas instruções estão presentes na maioria dos processadores Intel desde o Pentium III, porém muitos dos primeiros netbooks que chegaram ao mercado utilizavam versões mais antigas do Celeron que ainda não vinham com estas funcionalidades. Porém qualquer computador baseado em versões mais novas com SSSE3 devem rodar o Moblin sem problemas e a todo vapor.
Eu finalmente tirei algumas horas testando o sistema num netbook Asus eeePC … , e testando como é realizar as atividades que estou acostumada a realizar normalmente na internet. A primeira coisa que notei é que um netbook de 8″ tem um teclado pequeno demais para meu conforto – logo eu que adoro teclados com as teclas altas, fofinhas, que fazem barulho, não aqueles teclados achatados e fininhos… questão de gosto e tamanho da mão. Mas tudo bem, semana que vem devo ter recebi um HP Mini Vivienne Tam(um lushoo), voltado ao público fashionista, não apenas feminino. A imensa maioria dos consumidores de netbook já são mulheres (preciso buscar a url exata deste estudo) – o item mais importante é o tamanho, peso e preço, não apenas ter um case coloridinho. Mas o que seria de nós sem a mídia para nos tornarem fúteis e sem a menor noção de computadores, não é mesmo?
Voltemos ao sistema, que é o assunto a ser tratado aqui. A primeira coisa a ser notada é o boot: uau! Vamos cronometrar, um, dois, três e … pronto! Ok, não foram três segundos, mas menos de 10 para ter a interface gráfica carregada e funcional, é uma ótima marca. Já podemos começar.
O sistema teve sua interface completamente reescrita e redesenhada, e desta vez implementada com recursos possíveis através do Clutter. Quando você testar, verá vários efeitos especiais bastante divertidos, que adicionam um atrativo a mais sem comprometer a performance, o que é muito bem vindo para máquinas com poder de processamento limitado.
A tela inicial do Moblin é a MyZone:

Aqui você pode ver boa parte do que o sistema tem. A barra de aplicações contem acesso rápido a algumas funções, porém ela só aparece quando você indica que precisa dela levando o cursor do mouse para a área superior da tela. Se não, ela sai do caminho e deixa mais espaço para suas aplicações, o que é precioso em telas reduzidas dos netbooks.
A área mais à esquerda contem seus compromissos do dia na parte superior e suas aplicações favoritas na parte inferior. A área no meio é o que você andou fazendo: documentos, páginas, mídias ou aplicações que foram recentemente usadas. E a área mais à direita são feeds de serviços baseados na web que você normalmente utiliza: Last.fm e Twitter são os habilitados nesta versão beta, mas as possibilidades são ilimitadas.
Proximo passo, conectar a internet. Infelizmente o sistema esteve um pouco instável com minha rede wireless WPA2, e aparente muitas placas wifi não tem se comportado muito bem – embora não tenha ficado lá muito empolgada com o Connman, mas isto é uma outra história… então vamos conectar o cabo e fazer o que realmente viemos fazer aqui, acessar a internet normalmente! Primeiro passo, então, é clicar no ícone internet:

Resultado:

Mas geralmente tenho várias tabs abertas, vamos abrir mais algumas:

Clicando naquela seta no canto direito superior, você pode ter um preview de todas as abas abertas:

Logo o sistema aprende quais são as minhas preferidas ultimamente e as ordena na lista de mais acessadas, que aparece quando abro uma nova tab.

Para que serve o botão de Status mesmo?

Ah, para Twittar ou checar meu último twitter…
Meus bons amigos, onde estão? Notícias de todos quero saber… então vamos checar o que eles andam fazendo na área de webservices da MyZone.

Ou simplesmente posso buscar quem estou querendo falar neste momento no botão People, onde tenho cadastradas minhas contas de jabber, gtalk, etc.

(geralmente desnecessário para quem não tem amigos)
O objetivo principal de netbooks é para acesso a internet, mas podem servir para outras distrações:

Frozen Bubble, um clássico entre os usuários de Linux
Bem, como disse anteriormente, preferi “release early, release often” do que ficar com isto armazenado mais uma semana para terminar e publicar. Prometo que em uma semana publicarei mais detalhes, que podem ser sugeridos na sessão de comentários. Agora, deixa eu voltar à minha missão…